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sexta-feira, fevereiro 20, 2015

BOLO DE BOLACHA MARIA



O blog é bom, mas também tem o seu lado inverso. Esquecermos, ou vá: vamos deixando guardado na memória os sabores da nossa essência. Ando sempre nas minhas pesquisas dos livros e não só, à procura de novas receitas. Mas, vou deixando  as verdadeiras receitas sem modificações que eram, são maravilhosas o caso deste bolo de bolacha, tão simples, e tão grandioso de sabor e de memória, o meu caso. Já tinha feito o meu bolo de bolacha. Mas andava com saudades dos sabores verdadeiros de criança. Quando era criança, lembro-me que a minha saudosa mãe fazia um bolo de bolacha todas as semanas. Tenho na memória no Verão vir da praia e ir logo ao frigorifico ver se havia bolo de bolacha. :)  É daquelas memórias que tenho gravado. Antes de ir tomar banho comer uma fatia de bolo fresco, sabia-me a mãe, a amor. Vamos ver como fiz, ou seja, era como eu via a minha mãe fazer. Só não me recordo se fazia com manteiga ou margarina. Eu fiz com manteiga.


Ingredientes:
-2 pacotes de bolacha Maria
-250 g de manteiga a temperatura ambiente
-2 gemas
-125 g de açúcar branco fino + açúcar para adoçar o café
-350 ml de café forte quente

Bati a manteiga até ficar um creme esbranquiçado. Juntei o açúcar e continuei a bater. Quando a mistura estava bem envolvida juntei as gema e bati muito bem até ficar uma mistura homogenia. Juntei duas colheres de sopa de café, uma de cada vez e batendo bem entre cada adição. Numa tigela coloquei o café e adocei o mesmo com duas colheres de sopa de açúcar, mexi muito bem até dissolver o açúcar. Fui demolhando as bolachas no café uma a uma, e colocando no prato (o feitio é ao gosto de cada) fiz em redondo. Quando tinha uma camada de bolachas cobri as mesmas com o creme, voltei a colocar as bolachas demolhadas no café e assim sucessivamente até terminar os ingredientes. A ultima camada é sempre de creme e barra-se o bolo todo. Polvilhei com bolachas raladas como a minha saudosa mãe fazia.

P.S. Ao juntar o café ao creme de manteiga convém bater muito bem entre cada adição do café, ter o cuidado de não deixar talhar.

"Se sua manhã não der certo, inaugure sua tarde!"

(Padre Fábio de Melo)

sexta-feira, agosto 24, 2012

BOLOS RECORDANDO [II]


(Imagem retirada na Internet)
Continuando com a ideia de recordar, vamos recordando os bolos. Quando era criança e não só, sempre ouvi o meu saudoso pai ouvir Recordar é Viver de Vitor Espadinha, um seu amigo, que quando eu era criança não dava o devido valor aos conhecimentos do meu pai.
BOLO DE CAFÉ E LICOR DE AMÊNDOA.

BOLO BOM.

BOLO DEEP PURPLE.

BOLO DE SEMENTES DE PAPOILA.

O MEU BOLO BOLO DE BOLACHA COM AMARETO E AMÊNDOA.

BOLO DE LARANJA ENCHARCADINHO.

BOLO DE MANTEIGA.

BOLO DE GILA DO ALGARVE.

BOLO DE AMÊNDOA E GILA.

BOLO DE GILA E AMÊNDOA.

BOLO INGLÊS COM FRUTAS.

O BOLO DA ISABEL.

BOLO DE AMÊNDOA DE OURIQUE.

BOLO DE ABÓBORA.

BOLO TOALHA FELPUDA.

BOLO DE NOZES.

DELÍCIA DE AMÊNDOA.

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"Escolhi ser..."
"Sabe, recordando tudo o que passei...
Sinto: Ah, que louca vontade de ser tudo e mais um pouco do que eu escolhi ser.
Pois a melhor coisa desse mundo é sermos o que realmente somos.
E não há pessoa melhor pra dizer: quem e como somos, do que nós mesmos.
Foi difícil escolher ser o que sou.
Deram-me várias escolhas.
E quando falo que me deram, me refiro a Ele.
Ele me deu várias escolhas.
Deu o direito de escolher os caminhos, as direções e até mesmo a velocidade.
Foi tão difícil ser quem hoje sou que não abro mão de mim.
Fiz a escolha de ser indecisa, ou seja, não fiz escolha alguma. Ah, ignorem a contradição.
Assim eu poderia ser um pouco de cada opção.
Poderia fazer parte de um todo, unindo infinitos pedaços.
O que sou então? Sou um quê de mistério misturado ao um quê humano.
Tenho tantas máscaras guardadas, que me surpreendo ao usar inconscientemente alguma que desconheço.
Troco de máscara à velocidade que a vida pede mais de mim.
Posso ser delicada feito os lírios ou perigosa que nem espinhos de roseira.
Pois sei ser muito romântica, carinhosa, protetora, mas sei ferir também.
Sabe, eu escolhi ser tudo o que reflete de mim a mim no espelho.
Prefiro ser completa sendo eu, a ser incompleta tentando ser alguém.
Decidi ser "boa" e "ruim"... Escolhi ser de carne e osso (humana).
Enfim, prefiri ser essa metamorfose ambulante.
Acima de tudo, ser uma original impecável. "

[Aline Marques da Rocha]

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

BOLO DE IOGURTE E TANGERINAS




Tinha em casa uma quantidade enorme de tangerinas, daquelas que dizem que são biológicas, mas quem me segue sabe perfeitamente o que penso dos produtos ditos "biológicos". Mas continuando, estava naqueles dias menos bons, nesses dias tenho que ir para a minha cozinha (meu Santuário) lá sinto-me protegida (não sei explicar melhor). 😏Resolvi fazer o bolo de iogurte que via a minha saudosa mãe fazer. A minha Mãe era uma cozinheira de mão cheia, adorava cozinhar, e nunca teve problemas de fazer comida para muitas pessoas,  mas fazer doces? Nunca foi do que mais gostava de fazer, pois comer, gostava. Na minha memória de criança lembro-me de ver a minha Mãe a fazer 👉estas argolinhas,  salame de chocolate,  bolo de bolacha, arroz doce, fatias paridas (douradas), o bolo de iogurte era o que vi a minha mãe fazer sempre, uma receita que lhe foi passada por uma vizinha do prédio ao lado mas que as varandas eram juntas e conversavam muito etc...Receita do bolo abaixo👇 só alterei, a minha mãe fazia o bolo de iogurte simples com iogurte simples ou de sabores conforme o que tinha em casa, e com óleo Fula que era o que sempre vi na casa dos meus pais, hoje com as modas, há óleos de tudo e todos, o caso deste que usei de coco que já o uso há pelo menos uns dois ou três anos, e reguei com a calda coisa que a minha mãe nunca fez, assim como o glacê. Obrigada minha mãe por estes sabores que tenho na minha essência.❤❤ As saudades sempre no auge.❤❤


Ingredientes:
-raspa de 5 tangerinas
-1 iogurte Grego
-1 copo de açúcar amarelo
-2 copos de farinha Branca de Neve
-1 copo de óleo de coco
-1 c. de sobremesa de fermento em pó
-3 ovos

Numa tigela peneirei a farinha Branca de Neve [uma Marca de Excelência, distinguida com o selo Superbrands] com o fermento e juntei o açúcar amarelo reservei. Noutra tigela bati os ovos, com o iogurte com a raspa das tangerinas. Adicionei o preparado dos ovos aos secos reservados e envolvi bem (sem bater), depois adicionei o óleo de coco, e voltei a envolver até obter uma mistura homogénea. Deitei o preparado numa forma untada e polvilhada de pão-ralado e levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, até espetar o palito e o mesmo sair seco (no meu forno levou 35 minutos).


Depois de cozido o bolo retirei o mesmo da forma e voltei a coloca-lo na mesma onde reguei com uma calda que tinha feito previamente. Deixei o bolo arrefecer na forma e absorver a calda na totalidade. Quando o bolo estava completamente frio deitei por cima um glacê simples.

Calda:
-300 ml de sumo de tangerinas
-50 g de açúcar branco
-1 c. de chá de baunilha líquida

Levei os ingredientes ao lume até o açúcar derreter e o sumo espessar.


Glacê:
-1/2 chávena de açúcar em pó
-1 1/2 c. de sopa de água

Misturar tudo muito bem até obter uma mistura brilhante pronta a aplicar.

Nota: O copo de medida é o copo de iogurte de vidro que era o que havia quando eu era criança, mais tarde substituídos pelos de matérias plásticas ou sei lá o quê. Hoje já há muitas marcas de iogurtes que voltaram a usar copos de vidro. 



Pestana
Bimby
LG
Ambar
Cartuxa
Vista Alegre
Branca de Neve
Continente
LIDL
Sport Zone
O Prego da Peixaria
Bom Petisco
CTT
EDP
Recer
Revigrés
Médis
Remax
BPI
Millennium BCP
Montepio
American Express
Multibanco
Jornal de Noticias
Público
RFM
RTP
TSF
Renascença
OPEL
Mercedes
Sapo
Sport Lisboa e Benfica

quarta-feira, abril 11, 2018

BOLO DE BOLACHA COM COBERTURA DE CARAMELO




Bolo de bolacha tenho 👉aqui a receita, a receita da minha infância que sempre a minha saudosa MÃE❤❤ fazia. Neste dia resolvi fazer o o bolo da minha infância com algumas alterações. Cobri a superfície com creme de caramelo e amêndoas laminadas levemente torradas no forno. Vamos ver como fiz.


Ingredientes:
-2 pacotes de bolacha Maria
-250 g de manteiga a temperatura ambiente
-2 gemas
-125 g de açúcar branco fino + açúcar para adoçar o café
-350 ml de café forte quente


Bati a manteiga até ficar um creme esbranquiçado. Juntei o açúcar e continuei a bater. Quando a mistura estava bem envolvida juntei as gema e bati muito bem até ficar uma mistura homogenia. Juntei duas colheres de sopa de café, uma de cada vez e batendo bem entre cada adição. Numa tigela coloquei o café e adocei o mesmo com duas colheres de sopa de açúcar, mexi muito bem até dissolver o açúcar. Fui demolhando as bolachas no café uma a uma, e colocando no prato (o feitio é ao gosto de cada) fiz em redondo. Quando tinha uma camada de bolachas cobri as mesmas com o creme, voltei a colocar as bolachas demolhadas no café e assim sucessivamente até terminar os ingredientes. A ultima camada é sempre de creme e barra-se o bolo todo. Depois cobri com creme de caramelo e enfeitei com amêndoas laminadas levemente torradas no forno.

P.S. Ao juntar o café ao creme de manteiga convém bater muito bem entre cada adição do café, ter o cuidado de não deixar talhar.


Creme de caramelo:
-75g de açúcar
-25 g de manteiga
-70 ml de natas
-1 pitada de sal

Numa caçarola deita pequenas porções de açúcar e vai deixando caramelizar, junta aos poucos as natas aquecidas (cuidado com a ebulição) quando estiver tudo incorporado retira do lume e junta a manteiga, envolve bem e reserva.

Estou no Instagram e Facebook aqui!🙋

"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem."


(Chico Xavier)

quarta-feira, junho 25, 2014

SALAME DE CHOCOLATE EM BARRAS




Salame de chocolate, os filhos desde sempre que gostam. Mas no percorrer da minha caminhada, fui alterando os ingredientes. Se em criança sempre comi o salame que a minha mãe fazia com bolachas marias, lembro-me, em criança na altura do Verão chegarmos da praia e eu ir ao frigorifico tirar uma fatia de salame ou de bolo de bolacha também feito com bolachas marias. Sabia-me tão bem fresquinho. Agora a falar de bolo de bolacha, é que vi que nunca fiz o meu bolo de bolacha. :) Ok, brevemente segue para "bingo". Já tinha feito aqui o meu salame, e aqui.  A filha quando viu o que eu estava a fazer, até os olhos se riram.


Ingredientes:
-250 g de manteiga
-120 g de açúcar
-2 gemas
-200 g de chocolate em tablete
-1 c. de sopa de cacau
-100 g de avelãs peladas e levemente loirinhas
-1 pacote de bolachas Speculoos (Lotus está aqui as bolachas)


 Numa tigela bati a manteiga com o açúcar muito bem juntei as gemas e bati a mistura, juntei o cacau e o chocolate derretido em banho-maria, as bolachas grosseiramente partidas, e envolvo tudo muito bem. Nessa altura juntei as avelãs e envolvi.  Num tabuleiro forrado com papel vegetal coloquei a mistura e  com uma colher alisei a parte superior. Levei ao frigorífico. Deixei de um dia para o outro.  Virei o tabuleiro numa tábua de vidro e cortei barras, mais ao menos do mesmo tamanho. Polvilhei com cacau em pó.

Notas: Se quiserem  podem pincelar o papel com um licor, vinho do Porto, e depois colocam a mistura. Eu fazia sempre isso, pois aprendi com a minha mãe. Mas como o filho não está, a filha gosta mais sem sabor algum a álcool. Se quiserem fazer o salame, já sabem. Colocam a mistura em cima do papel e depois com a ajuda do mesmo enrolam estilo rebuçado. :) Se quiserem utilizar as bolachas-marias estão à vontade, eu nunca  utilizo pois não é dos meus "dreams" quando era criança só comia as bolachas-marias  no leite, estilo uma papa :) gostava e a minha mãe fazia-me por vezes para o pequeno-almoço ou lanche, quando eu lhe pedia. Utilizo sempre as bolachas Digestivas nos meus Cheesecakes, mas neste dia fiz com estas e ficou uma verdadeira maravilha, com um travo a canela. Agora estas bolachas basta apertar com as mãos, e desfazem-se, não coloquem na picadora, pois fica em pó.
"O passado pode ser a história de como chegamos até aqui, mas não precisa ditar o que acontecerá daqui em diante..."
(Bárbara Coré)

quarta-feira, agosto 29, 2012

SOBREMESA RÁPIDA [OU PINHA DOURADA]



Um dia estava eu descansada a ler um livro quando a minha filha diz:-Mãe liga a televisão na SIC para veres, no programa Boa Tarde vai lá uma atriz cozinhar. Ok, liguei, só para ver o que a filha dizia, pois sinceramente estes programas da manhã ou tarde nunca vejo, pois são programas que eu acho deprimentes, gostam de explorar o ser humano, é só desgraças, nunca me identifiquei com os mesmos. Quando os meus saudosos pais eram vivos, e estavam em minha casa ou eu ia a casa deles, estavam sempre a ver, e claro que eu tinha que passar os olhos e ouvir mesmo não gostando. Daí quando recebi o convite para ir à SIC ao programa da Júlia Pinheiro eu não ter aceite. Mas esta história toda porquê? Então a atriz cozinhou uma espécie de migas, que para mim não tinha ciência nenhuma, e tinha uma sobremesa para fazer, mas o tempo já não deu para fazer a mesma, mas explicou, e nessa altura, fez-se luz, relembrei uma época quando eu era criança.

Quando eu era criança os meus pais recebiam muitos amigos em casa, na da Amadora ou na das Covas de Ferro. A minha mãe cozinhava para muita gente sempre com gosto, pois gostava muito. Sempre foi uma cozinheira de mão cheia. Mas doceira nunca foi dos "dreams" dela. Lembro-me da minha mãe fazer bolos, e de eu rapar a tigela com a minha irmã. Como ela era mais nova, eu passava-lhe à frente, pois ela rapava com uma colher de chá e eu já estava munida com uma de sopa, claro, depois ouvia ela a regatear, Belinha comeste mais...(sorrisos) já a minha avó dizia: "com papas e bolos se enganam os tolos".

Mas nunca me lembro da minha mãe fazer algum bolo que me ficasse na memória a não ser o bolo de bolacha. O arroz doce da minha mãe, sim, era divino, o meu provador oficial (filho) quando eu fazia, ou faço dizia/diz, está delicioso mãe, mas o da avó é/era melhor. A avó faz/fazia melhor o arroz doce e tu o leite-creme. Mas recordo-me de umas argolinhas de canela que a minha mãe fazia, quando eu era criança, que eram uma delicia. Quando ela dizia que ia fazer eu puxava logo do banco para ajudar. Era pequena, aliás sempre me lembro de estar em cima do banco quando a minha mãe estava na cozinha. Essas argolinhas, levava farinha, açúcar manteiga, ovos e canela, depois de fazer as argolinhas, fritava as mesmas e passava por açúcar com canela. A casa ficava com cheiro a Natal como os meus filhos dizem. Agora as medidas nunca soube, pois a minha mãe sempre fez tudo a olho. Por isso não gostava de fazer doçaria, pois a mesma é preciso ter mais cuidado na precisão das medidas e a minha mãe não tinha paciência para tal. Também com 3 filhos com diferencias de idade de ano e meio era obra.



Talvez daí a minha sempre curiosidade de fazer doces, e não só, pois sempre estava na cozinha ajudar a minha mãe. Com 9 anos fiz os meus primeiros bolinhos de coco. Depois pedia à minha mãe se deixava que eu fizesse um bolo, por vezes ela dizia:- Não Belinha vais estragar ingredientes...ok,  quando o pessoal ia todo dormir, eu também fazia de conta que ia, deixava passar um bocado e levantava-me, e lá ia Isabelita para a cozinha, fechava a porta da mesma e fazia o bolo que a minha mãe não me tinha deixado fazer, mas a bater as claras à mão para não fazer barulho, com a batedeira. Não posso dizer que as claras ficavam bem batidas, pois eu tinha 9 ou 10 anos, mas o bolo ficava bom. Depois colocava no forno e ficava ao pé do mesmo há espera que cozesse, com o palito sempre na mão. Abria sei lá quantas vezes o forno, pois não tinha vidro naquela altura. Quando cozido retirava e colocava o bolo num prato, depois já me ia deitar consolada, tinha feito um bolo.

No outro dia quando a minha mãe acordava ria-se e dizia: Belinha, és tramada. É verdade, a minha mãe tinha razão! Quando digo que uma das minhas paixões é cozinhar é verdade, já vem desde tenra idade, quando a minha mãe ia com o meu pai para fora, eu ficava a tomar conta da casa (comida). A minha avó paterna morava connosco, mas não gostava de cozinhar, e como trabalhava no Palácio Foz, refilava logo com a minha mãe: pois, eu é que tenho que ter o trabalho agora. Eu como nunca gostei de discussões, dizia logo à minha mãe: mãe eu faço pode ir descansada. E tinha uns 11 ou 12 anos. A minha mãe deixava o frigorífico cheio e deixava dinheiro para o pão ou para o que fosse preciso comprar. Eu ficava noutra dimensão, fazia o comer antes de ir para a escola, e sempre me "desenrasquei". O meu irmão gostava muito quando eu fazia o comer, pois eu ia sempre procurar receitas no meu caderninho, e ele gostava muito das receitas que eu fazia. Dizia logo à minha mãe a Belinha fez umas receitas muito boas.

Agora os meus seguidores/as estão a pensar, mas esta história toda para quê? Então é assim, voltando atrás, quando os meus pais recebiam as visitas que por vezes eram 12 ou 15 pessoas a minha mãe fazia o comer, mas as sobremesas o meu pai ia ao Colóquiouma pastelaria que era no nosso prédio comprar. Mas isso para mim não era novidade nenhuma pois eu tinha isso diariamente, bastava descer as escadas e comprar. Mas quando vinha um casal que moravam em Vila Franca de Xira a senhora que não me lembro já do nome trazia sempre uma sobremesa que eu adorava. Ao estar a ver o programa a atriz explicou a receita da sobremesa que me fez voltar no tempo da minha infância, e fui direitinha logo para o meu laboratório (cozinha). Vamos lá à receita fácil e simplesmente deliciosa.



Ingredientes:
-6 ovos
-açúcar 100 g +6 c. de sopa

Bater as claras em castelo e juntar açúcar até fazer um merengue. Já sabem a textura do merengue é, voltarem a tigela e não deitar nada, ok, fica firme mesmo. Colocar num tabuleiro ao gosto e com um garfo fazer uns picos estilo "Evereste" :) levar ao forno pré-aquecido a 140ºC, até dourar por cima. Entretanto enquanto o suspiro esteve no forno fazer um doce de ovos com as seis gemas, seis colheres de (sopa) de açúcar e 4 colheres de (sopa) de água. Levar ao lume sempre em lume brando até fazer ponto de estrada. Depois é deitar por cima do merengue. Quando frio leva ao frigorífico, é uma sobremesa para se comer fresca. Pode-se servir com morangos ou amêndoas laminada e levemente torradas. Eu servi simples pois era assim que eu tinha na minha memória. Simplesmente brutalíssimo utilizando o termo do meu filho, que não provou mas era o que diria.


"O que mais me impressiona nos fracos é que eles precisam humilhar os outros, para sentirem-se fortes."

[Mahatma Gandhi]

terça-feira, março 17, 2009

O MEU BOLO DE BOLACHA COM AMARETTO E AMÊNDOA









Uma variedade do bolo de bolacha. Este é um bolo que fresco sabe sempre bem.

Ingredientes:
-2 pacotes de bolachas Digesta
-1 lata de leite condensado
-3 pacotes de natas Longa Vida
-2 dl de café forte
-0,5 dl de Amaretto
-6 folhas de gelatina
-300 gr de amêndoa pelada e levemente torrada e moída grosseiramente

Coloca as folhas de gelatina a demolhar em água fria. Deite o leite condensado para uma tigela e junte as folhas de gelatina previamente derretida, mexendo muito bem. Bata as natas em chantilly bem firme, adicione-lhe o leite condensado e envolva bem. Numa tigela mistura o café com o Amaretto. Numa forma de fundo amovível coloque uma camada de creme depois polvilha com amêndoa e coloca uma camada de bolachas embebidas no café com Amaretto . Repita a operação com camadas alternadas a última deve ser de creme e polvilha com a amêndoa e leva ao frigorífico até solidificar bem. Eu deixo de um dia para o outro é só servir...

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segunda-feira, julho 02, 2012

POLVITOS URUGUAYOS


Esta sobremesa fantástica é da Sandra uma amiga do Facebook, e minha seguidora do blogue, já somos amigas desde que eu estou na rede FB, trocamos vários e-mails e já fiz receitas da Sandra. É daquelas pessoas que sem conhecer pessoalmente nutro um carinho muito especial pela Sandra. Este ano, se tudo correr como a Sandra espera virá passar férias ao Algarve, e já lhe disse, que ia ter com ela para a conhecer. Pois a Sandra é Portuguesa, mas vive em Alicante. Agora fez um blogue que eu gostava que os meus seguidores visitassem e dessem uma força, pois todos nós sabemos o que é "gatinhar". certo? Então vamos lá a dar uma força à nossa compatriota, ok? O nome do seu cantinho chama-se: Sabores às cores. Foi de lá que saltou esta sobremesa.

Notas: eu só fiz metade da receita, pois não tenho uma familia numerosa como a Sandra, e não fiz num tabuleiro e sim numa tigela. O comentário do filho: brutalíssimo, o sabor e as várias texturas da sobremesa.

(não queria traduzir o nome porque acho a versão espanhola muito divertida, mas em português dá ‘Pózinhos uruguaios’)



Esta receita foi-me dada por uma senhora uruguaia. Explicou-me que se pode fazer de várias maneiras (ver as notas depois da receita). Há já um tempo que me apetecia fazer, para mudar dos nossos ‘clássicos’ com leite condensado, mas como só me deu as quantidades aproximadas, inspirei-me de uma receita ilustrada (fantástico) quase igual de Polvitos que encontrei num blogue, mas fiz as camadas com mais leite condensado.

1 frasco de ‘dulce de leche’ (eu pus 2 latas pequenas de leite condensado)
1 litro de nata
2 a 3 pacotes de bolacha Maria ou Digestive (eu pus 2 pacotes de Digestive)
8 a 10 suspiros dos grandes
Umas 3 colheres de sopa de manteiga
1. Cozer o leite condensado 2 horas em banho maria. Deixar arrefecer.
2. Triturar parte das bolachas, misturá-las com a manteiga e cobrir com esta massa, uma travessa alta com uma boa camada
3. Triturar mais bolacha e juntar suspiros desfeitos à mão, de maneira a ficarem alguns bocados maiores. Misturar bem e cobrir o fundo das bolachas com uma camada fina desta mistura.
4. Agora, uma camada de leite condensado cozido (dulce de leche en uruguay)
5. A seguir, uma camada de natas bem batidas.
6. Repetir as camadas de bolacha misturada com os suspiros, leite condensado cozido e outra vez nata.
7. Terminar com uma camada de bolacha/suspiro.
8. Enfeitar com bocadinhos de suspiro desfeito.

Notas:
- Hà quem prepare esta sobremesa numa forma de mola, para servir tipo bolo;
- Às vezes substitui a metade da quantidade de natas por queijo tipo Philadelphia (fiz o teste numa tigelinha à parte e acho que até gosto mais) A mistura fica mais consistente.

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"Tu escolhes, recolhes, eleges,
atrais, buscas, expulsas, modificas tudo
aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave
de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão
na tua jornada vivência."

[Chico Xavier]

quinta-feira, agosto 28, 2014

ARGOLINHAS (DA MINHA MÃE)




Estava daqueles dias nostálgica, com uma enorme saudade dos meus pais. Na véspera tinha estado a falar com o meu filho sobre o meu pai, sobre situações que enquanto somos novos e temos a "mania" que sabemos tudo. Com o caminhar na estrada da vida comprovamos que estávamos enganados (enganada, eu). :( Mas como disse, estava com saudades, aliás as saudades não me abandonam. A vida vai-se levando, mas há sempre um vazio, eu continuo com esse vazio. Não vos quero chatear com as minhas nostalgias, mas já disse várias vezes a minha mãe era uma cozinheira de mão cheia, tudo o que ela fazia era um manjar dos Deuses, mas nunca foi muito de doces, na minha memória não tenho grandes lembranças, a não ser do doce de tomate da minha mãe que era de se comer ajoelhada, do arroz doce, bolo de bolacha, fatias paridas e destas argolinhas que desde que me conheço por gente que via a minha mãe fazer. Era uma alegria quando eu via a minha mãe a separar os ingredientes e vê-la a colocar a farinha em monte na bancada, só podia ser as argolinhas ou os famosos pasteis de massa tenra que a minha mãe fazia. Mas se na véspera não tinha sido cozido à portuguesa nem carne estufada (sim, ela fazia os pasteis com a carne que sobrava) só podia ser as argolinhas, e a Belinha (eu) pequena que mal chegava à banca da cozinha ia logo buscar o meu banquinho  para a ajudar a minha mãe, ela dava-me massa para eu esticar ou enrolar o caso destas argolinhas. Nunca vi a minha mãe pesar ingredientes tinha uma balança de cozinha mas nem sei se alguma vez pesou alguma coisa, depois a balança desapareceu (com certeza deu) a minha mãe fazia tudo a olho, a experiência já era mais que muita. Quando fiz o blog de culinária, ouve um dia que lhe pedi: mãe dê-me a receita das argolinhas que a mãe faz! A minha mãe disse logo a receita mas sem quantidades. :) Ok mas e as quantidades mãe? A mãe faz tudo a olho, tens que estar ao pé de mim e ires pesando ou medindo para saberes as quantidades. Tudo bem. Só que entretanto o  meu pai adoeceu, nem nunca mais me lembrei das argolinhas, depois foi a partida dele e logo de seguida a doença da minha mãe que as argolinhas ficaram esquecidas no tempo. Neste dia de nostalgia, lembrei-me já tinha falado com a minha filha destas argolinhas, nem foi tarde nem foi cedo, fui para a cozinha e fui fazer, as quantidades fiz as minhas, a maneira de executar foi como a minha mãe fazia.



Na banca da cozinha coloquei a farinha 300g com uma colher de café mal cheia de fermento. Fiz um buraco no meio onde coloquei 50 g de manteiga amolecida e um ovo. Fui envolvendo com as mãos onde fui juntando leite pouco a pouco (ao todo 3 colheres de sopa) para fazer uma massa homogénea, ainda juntei mais duas colheres de sopa de farinha até encontrar a tal textura da massa, sem se pegar às mãos e banca. Fiz rolinhos de massa que depois uni com um "estilo" de laço. Levei a fritar em óleo quente até aloirarem. Escorri em papel de cozinha e depois foi envolver em açúcar e canela. As argolinhas da minha mãe ficavam todas do mesmo tamanho, tal era a sua destreza com a massa, as minhas ficaram de vários tamanhos. O importante, tive um "momento" com a minha mãe, onde está deve-se ter rido com a minha falta de jeito a fazer os lacinhos. Obrigada mãe.

"Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos."

(Bob Marley)